quinta-feira, 28 de junho de 2012

Isabel Allende e apaixão

Adorei esse filminho da TED. Tem 17 minutos.
Você já ouviu a Isabel Allende? Poucas pessoas me encantam tanto quando falam.
Uma vez assisti ela sendo entrevistada pela Bruna Lombardi, foi uma maravilha, pois ela criava respostas lindas em cima de perguntas tímidas e toscas. Dava um jeito.
Agora ela vem falando de paixão, de coração, de mulheres. Com humor e seriedade.
Vale a pena ver: http://vimeo.com/18646881

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio + 20 by me

 Os olhares tão focados , que nada vêem. Luzes pontuais, iluminando o nada. (Humanidades)
 Os representantes dizendo o que vieram fazer na Rio + 20
 A praia de Icaraí na sombra de seus prédios.
 Tantos cubos, tantas faces, tantos nomes. Somos nós, múltiplos e unos!
 Carro elétrico dos Correios. Não polui.
 A arte mostrando a cura da cidade pelas mãos das pessoas.
 A infra que as cidades deveriam ter...
Ônibus que é mais facil de entrar. Não é chassi de caminhão não, foi projetado para ser ônibus mesmo. Olha o tamanho da janela. Mara!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Do homo faber ao homo lutens.



Gostei muito do Sachs dizer que estamos passando, sem perceber, para uma nova era geológica, o Antropoceno. Uma era em que as atividades do homem exercem muita influência no planeta. Os tais impactos ambientais.
Ele indica a criação de um Fundo internacional para investir na humanidade, reduzindo as desigualdades materiais. Não devemos ceder à ilusão de que os mercados, por si mesmos, sabem melhor. Ao contrário, são míopes e socialmente insensíveis.     
Sugere práticas para vivermos no antropoceno:  Os países da ONU deveriam elaborar planos nacionais de desenvolvimento socialmente includente e ambientalmente sustentável, usando conceitos e metodologia comparáveis, tais como a pegada ecológica e a biocapacidade, por um lado; e oportunidades de trabalho decente, por outro, o que inclui emprego e autoemprego.
Os planos deveriam abranger um horizonte temporal de 20 anos, com detalhamento maior para cada 5 anos. Planejamento participativo que acaba se reequilibrando e corrigindo possíveis erros. A etapa seguinte consistiria na harmonização destes planos nacionais e culminando na elaboração de um eventual plano mundial, com a coordenação assumida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); é claro, se ele continuar existindo, ou por outro organismo criado na Rio +20.
Ainda mais: as Nações Unidas deveriam criar um importante Fundo de Desenvolvimento Includente e Sustentável, constituído por  a) 1% do PIB dos países ricos, b) a taxa Tobin sobre aplicações financeiras; c) um imposto sobre o carbono emitido (com a dupla finalidade de incentivar a redução das emissões e o financiamento do desenvolvimento) e d) pedágios sobre ares e oceanos, cobrados pelo uso destes bens comuns da humanidade. Exemplo:  uma pequena sobretaxa sobre passagem de avião e fretes, da qual os aviões e os navios dos países menos desenvolvidos poderiam ser isentos. Há um ótimo argumento para esa proposta: hoje somos mais de 7 bilhões e seremos em meados deste século 9 bilhões. Os padrões de consumo e estrutura dos países do Norte não deram certo. Resta ao Sul: Brasil, India e África reinventar um mundo mais humano.
Ele que Frances, foi criado no Brasil depois dos 12 anos de idade e fez seu mestrado na India, conhece bem as desigualdades.
Todo ministro deveria andar a pé para pegar água na caatinga andando uns 2km carregando lata d´água e sobreviver com a renda dos pobres por um mês. Esse adendo foi meu. A sensibilidade para os problemas é necessária. Projeto Rondon neles! Rsrs Andar pelas favelas. Atender os ribeirinhos. Isso muda as pessoas na origem.
Mas voltando ao Sachs, gostei dizer que ao evoluirmos passaremos a ser mais “Lutens” ou ociosos, divagadores, bricalhoões, descontraídos. Eu, pessoalmente, estou  cheia de ser “Faber”, trabalhadora ativa, sem prazer, sem direção e acelerada.
Depois de todos terem seus direitos mínimos assegurados ai sim será o momento de estancar o crescimento. Da população, do consumo/capita, dos modismos. Aí, o crescimento deverá ser da solidariedade, da criatividade, da reciclagem, da emoção amorosa, enfim de tudo que não produza  entropia.
O que que isso tem a ver com Niterói? Não sei, mas mude de escala, misture as pessoas, converse muito e deve sair uma proposta adequada para esse mundo sem harmonia que vivemos aqui. Por que não temos nessa cidade de tanta gente educada um planejamento participativo? As maquetes expondo as idéias possíveis bem na estação das Barcas e no Terminal de ônibus para todos tomarem ciência e opinar? Só um exemplo...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Centro de Niterói abandonado, a espera dos projetos de gabinete

Caminho Niemeyer: investimento perdido. Obras paradas, cidade sem vivência (abandonada). A valorização das terras particulares adjacentes. Péssimo planejamento. Assaltos e abandono numa área tão linda e cheia de potencial para um parque público.

   Terrenos importantes para a sociedade Niteroiense esperando a valorização e projetos faraônicos


Grande área abandonada. Obras do Niemayer largadas. Por que não se discute com a sociedade um projeto urbanístico adequado?

     Centro com baixo gabarito a espera da valorização

    De bonito, só o céu!

  A área "zona sul" do Centro de Niterói: Correios, Barcas, Plaza



O Carrefour se foi e agora só restou o vazio, assaltos e os projetos urbanos secretos. O Terminal 
 organizou o trânsito do excesso de ônibus no centro da cidade. Mas eu preferia ver barcas saindo direto do Rio para São Gonçalo e menos ônibus, poluição em Niterói. Quantas horas desperdiçadas nesse trajeto tortuoso!


Boom imobiliário de Niterói


O trabalho acima, de Thais Araújo, mostra dados do crescimento acelerado da cidade entre 2000 e 2006.
Se em algumas ruas como a Av Sete de Setembro, em apenas 6 anos, o número de unidades habitacionais mais do que dobra em um território já consolidado, imagine o caos da cidade em termos de infra estrutura para suportar esse crescimento.
As residências unifamiliares  tem sido demolidas, substituídas por 30 vezes mais famílias, carros e necessidades de água, esgoto, calçadas, áreas de lazer, escolas etc...
Os engarrafamentos que passaram a acontecer são a ponta de um iceberg: poluição, agressividade, insegurança, corte de árvores, aquecimento do ar, etc...



domingo, 10 de junho de 2012

Emissário do Comperj http://foradutodocomperj.blogspot.com.br/2012/06/abaixo-assinado-contra-o-emissario-do.html


Abaixo-assinados contra o emissário do Comperj são protocolados no MPRJ no dia do meio ambiente

Representantes da sociedade civil organizada (foto 1) protocolaram ontem, 5 de junho, dia internacional do meio ambiente, dois abaixo-assinados junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro, contendo aproximadamente três mil assinaturas de cidadãos e cidadãs que repudiam o projeto de construção do emissário terrestre/submarino do Comperj em Maricá.

A motivação principal desta mobilização está ligada aos riscos e aos prejuízos que as toneladas de esgoto petroquímico planejadas para serem descartadas na Praia de Itaipuaçu pelo emissário poderão trazer para os ecossistemas marinhos, os habitantes das cidades afetadas e os modos de vida que dependem da pesca, do lazer, da prática de esporte e do turismo na região.

Foto 1:  grupo no momento do protocolo dos abaixo-assinados junto ao MPRJ. Da esquerda para a direita, Miúdo (CCOB), Fernando Tinoco (ASSET), Renatinho (vereador do Psol), Stella Veiga (Ecoando, GT Duto) e Cássio Garcez (Ecoando/GT Duto). À retaguarda, servidores do MPRJ.

Além do posicionamento contrário ao empreendimento, os documentos também exigem das autoridades a suspensão do atual processo de licenciamento do emissário, a elaboração de outro EIA, a adoção de uma tecnologia menos impactante e mais avançada que a apresentada pela Petrobras e a realização de Audiência Pública em Niterói.

Tais abaixo-assinados foram elaborados por um conjunto de entidades representativas da sociedade civil, de moradores, de comunidades tradicionais e de pescadores artesanais, denominado "Fora Duto". São elas: Associação da Comunidade Tradicional da Duna Grande (ACODUNA), Associação de Preservação das Lagunas de Maricá (Apalma), Associação Livre de Pesca de Itaipu (Alpapi), Associação dos Sitiantes da Serra da Tiririca (ASSET), Conselho Comunitário da Orla da Baía (CCOB), Conselho Comunitário da Região Oceânica (CCRON), Ecoando,  Grupo de Trabalho Duto do Comperj (do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca), Mandato do vereador Renatinho e portal de meio ambiente Preserveassim. A versão virtual do documento ficou sediada neste sítio eletrônico, já a impressa foi repassada por diversos atores sociais e voluntários.

Em prosseguimento ao ato, o grupo se dirigiu também ao gabinete do prefeito de Niterói (foto 2), para protocolar ofício da Comissão de Direitos Humanos, da Criança, do Adolescente, do Idoso, da Mulher e da Pessoa com Deficiência cobrando um posicionamento mais efetivo do executivo municipal em relação ao mesmo emissário e também realização de Audiência Pública no município.

Foto 2: grupo protocolando ofício junto ao gabinete do prefeito de Niterói.
Assim, embora não houvesse muito o que comemorar no dia do meio ambiente, estas duas ações cidadãs contribuíram para que ele não passasse em brancas nuvens - ou em atividades no mais das vezes hipócritas de autoridades e de empresários, que se aproveitam do momento para dizer de pés juntos que preservam a natureza desde criancinhas, mesmo que a devastem sem a menor cerimônia.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fotos da Niterói dos anos 50/60

Foto 1: Ponto em frente às Bracas. Essa estação foi incendiada em...
Foto 2: Barcas em 1959
Foto 3: Barcas em 1968
Foto 4: Praia e Ilha da Boa Viagem. Atras, cortada, Praia Vermelha
Foto 5: Praia da Boa Viagem sem MAC
Foto 6: Praia Vermelha, Chácara dos Ingleses dando nas areias. Antiga ponte para a Ilha da Boa Viagem

Foto 7: O navio Camboinhas e um rebocador encalhados na Praia. Nenhuma construção! A lagoa de Itaipú está enorme, espalhada, sem aterros.
Foto 8: Final da Praia de Icaraí, início da Fróes - Canto do Rio 
Foto 9:Centro de Niterói. Prédio dos Correios
Foto 10:Vista aérea do Caio Martins sem o ginásio de esportes, mas já com a piscina. Ao fundo: Campo de São Bento

Niterói Inóspita

Cidade engarrafada.
Calçadas vazias.
Insegurança.
Pouca luz.
Engarrafamentos o dia todo.
Multas, flanelinhas e furtos.
Quero minha Niterói de antes:
Praias limpas,
povo calmo,
crianças soltas!
Chega de especulação!
Fora espigões!
Desengarrafem a Estácio de Sá!
Fora Brokers, Sotas e Pintos
Eu quero árvores e festas
Gente na rua!